As expectativas estão nas alturas para a Seleção Brasileira de Futebol para Paralisados Cerebrais para os Jogos Parapan-Americanos 2023, em Santiago, Chile. Com uma equipe experiente e com currículo vitorioso, os jogadores brasileiros estão prontos para conquistar a medalha de ouro no maior evento paralímpico das Américas.
Apesar da confiança, a seleção está ciente dos desafios que enfrentará no torneio. Equipes de todo o continente americano chegam ao Parapan Americano com a mesma ambição, prometendo jogos emocionantes e intensos. A expectativa é que o nível de competição atinja patamares inéditos, proporcionando momentos memoráveis para os fãs do esporte adaptado.
Delegação
Com nomes já conhecidos na modalidade, a seleção brasileira entra na competição como uma das favoritas sob o comando do técnico Paulo da Veiga Cabral e seu auxiliar Kleber Coutinho. O Brasil chega no Chile com os goleiros Moacir Fernando e Bruno Ayva. Os laterais Heitor Luiz, Leonardo Morais, Lucas Henrique e Jeferson Aparecido. Zagueiros Jefferson Luiz e João Batista. No meio-campo, Ubirajara Magalhães, Evandro de Souza e Cesar de Aguiar. Encerrando com o ataque Ângelo Matheus, Thomasson Nunes e Matheus Aparecido.
De todos os atletas convocados, somente três estão estreando em Jogos Parapan-Americanos: Thomasson Nunes, de Saquarema, Rio de Janeiro, Bruno Ayva, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e seu conterrâneo, o zagueiro Jefferson Luiz.
A delegação brasileira convocada para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile, é composta por 11 atletas com até 21 anos que estiveram no Parapan de Jovens de Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. O paulista César Augusto de Aguiar, o Cesinha, 21, e o brasiliense Ângelo Matheus Mota, 21, estiveram na equipe de futebol PC que conquistou a medalha de prata no Parapan de Jovens em Bogotá. Cinco meses depois, a dupla volta a representar o Brasil, agora, na Seleção principal, em Santiago, sob o comando do técnico Paulo Cabral.
“Estou muito feliz por participar do meu segundo Parapan no ano. A expectativa é boa e confio muito neste time para defender a medalha de ouro que conquistamos em Lima”, disse Cesinha, referindo-se ao título na última edição dos Jogos Parapan-Americanos, realizada na capital peruana, em 2019. À ocasião, mesmo com apenas 16 anos (completou 17 após a conclusão do evento), o paulista fez parte do elenco campeão. O atleta tem paralisia cerebral devido a complicações no parto, o que limita os movimentos dos seus membros do lado esquerdo.
“Eu me sinto honrado em disputar duas edições de Parapan em 2023. Estou com uma expectativa boa e espero, junto com o time, levar a medalha de ouro para o Brasil”, completou Ângelo, que ainda compôs a Seleção medalhista de bronze no Mundial da Espanha 2022.
Sobre a modalidade
A partir de janeiro de 2018, a classificação funcional passou a dividir os atletas do futebol PC para paralisados cerebrais em três novas classes funcionais: FT1, FT2 e FT3. Estas novas classes levam em consideração os graus de comprometimento dos atletas já que dentro de cada uma delas existe uma grande variação no impacto nas performances dos mesmos. Na regra atual, é obrigatório que exista sempre ao menos um atleta da classe FT1 em campo. Caso não seja possível, o time deve jogar com seis ou cinco jogadores. Cada equipe só pode contar com, no máximo, um atleta da classe FT3 em campo, durante toda a partida.
De acordo com o grau da paralisia, os atletas são classificados em: FT1 – comprometimento leve, FT2 – comprometimento moderado, FT3 – comprometimento severo.