Embalada pelo título mundial inédito feminino em 2022 da pernambucana Andreza Vitória neste último ciclo paralímpico, a Seleção Brasileira de bocha estreia nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 no próximo dia 29 de agosto em busca de uma das suas melhores campanhas na história da competição.
A bocha é uma das modalidades que mais conquistou medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. Até agora, foram 11 pódios, sendo seis ouros, uma prata e quatro bronzes. Fica atrás somente de atletismo (170 medalhas), natação (125) e judô (25).
A melhor campanha do país na modalidade em Jogos aconteceu em Londres 2012, quando os brasileiros subiram ao pódio quatro vezes: três ouros (com Maciel Santos no individual da classe BC2, Dirceu Pinto no individual BC4 e novamente Dirceu e Eliseu dos Santos nos pares BC4), além de um bronze com Eliseu no individual BC4.
Uma das revelações das Paralimpíadas Escolares, maior evento esportivo do mundo para jovens com deficiência em idade escolar e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2006, Andreza Vitória chega para a sua segunda edição de Jogos Paralímpicos (a primeira foi em Tóquio 2020) com o status de atual campeã mundial.
Ela já é fruto de um trabalho de renovação que a Associação Nacional de Desportos para Deficientes (ANDE), que rege a modalidade em âmbito nacional, procurou realizar nos últimos anos. Depois dela, surgiram novos nomes na modalidade neste último ciclo e que estarão em Paris pela primeira vez.
O maranhense André Martins, 21, é um deles. Ele será o primeiro atleta do país formado no projeto Escola Paralímpica de Esportes, idealizada e realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a disputar uma edição de Jogos Paralímpicos. Ele vai competir pela classe BC4 (para atletas que têm deficiências severas, mas que não recebem assistência).
O potiguar Iuri Tauan, 21, e a paraibana Laissa Guerreira, 18, ambos também revelados nas Paralimpíadas Escolares, foram outras ‘caras novas’ que despontaram no cenário nacional e mundial da bocha desde Tóquio 2020.
“Foi um ciclo mais curto, de três anos apenas. Neste ciclo paralímpico, houve mudanças nas regras, como a separação de gênero, com homens e mulheres competindo separadamente. Então, precisamos fazer um novo trabalho por causa disso. Mesmo assim, conseguimos crescer durante as etapas da Copa do Mundo com bons resultados. Até mesmo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, conseguimos a classificação da maioria das vagas para Paris. Então, os atletas estão bem animados para esta edição de Jogos”, avaliou Vitor Pereira, supervisor técnico da ANDE.
O bom desempenho nas últimas etapas da Copa do Mundo de bocha também deu ainda mais confiança para os atletas do Brasil tentarem superar as quatro medalhas obtidas em Londres 2012. A competição é um dos eventos mais importantes do calendário internacional da modalidade e serve como avaliação e preparação para os Jogos Paralímpicos.
Em junho deste ano, na etapa realizada pela primeira vez no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, o cearense Maciel Santos foi campeão no individual da classe BC2 (não podem receber assistência).O Brasil levou ainda mais quatro medalhas na ocasião: três pratas, com a paulista Evelyn Oliveira, o mineiro Mateus Carvalho e o paranaense Eliseu dos Santos, além do bronze de Andreza Vitória.
Já na etapa da Copa do Mundo de Póvoa do Varzim, em Portugal, em julho, a Seleção Brasileira de bocha paralímpica conquistou outras seis medalhas: quatro ouros, uma prata e um bronze.
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