Expectativas superadas na Holanda para a delegação brasileira de bocha paralímpica. Josiane Batista, da classe BC4, conquista a medalha de ouro no Veldhoven 2022 World Boccia Challenger. A quinta-feira, 4, começou com uma partida dura contra a eslovena Natasa Bartol pela semifinal. Finalizando a terceira parcial perdendo por 3 a 1, e ainda perdendo na quarta parcial, Josi entregou tudo nas duas últimas bolas. A penúltima subiu na branca e a última bola disponível, numa jogada incrível, conseguiu afastar as bolas adversárias e aproximar duas suas, somando 3 pontos, e não tirar a bola branca da quadra, erro que sua adversária já previa, jogando sua última bola próxima ao centro (conforme a regra, caso a branca passe a linha, a partida reinicia na cruz). A partida fechou então em 4 a 3 para a brasileira.
Já na final, sem chance para Foteini Bousiou, da Grécia, com a vitória brasileira ainda na terceira parcial, fechando o jogo por 8 a 2. Josiane já tinha vencido a grega na fase de grupos, em seu primeiro jogo, por 7 a 2.
A rota para a primeira colocação contou com 5 vitórias. Além de Bousiou, Josi também venceu a britânica Fiona Muirhead por 6 a 3. Nas quartas de final, a vitória veio no tie-break, com placar de 3 a 3 contra a turca Fatma Gürbüzer.
O Diretor Técnico Leonardo Baideck explica que os atletas foram com objetivos diferentes para esse desafio e o da Josiane era repetir a boa atuação que teve na etapa da Copa do Mundo de Póvoa do Varzim. Expectativas superadas com a medalha de ouro, inédita em individuais femininos em competições internacionais quando se trata de abrangência mundial (Andreza Vitória e Evelyn de Oliveira conquistaram a medalha de ouro em competições internacionais com atletas somente da América) . Muito emocionada, Josiane promete ainda mais resultados: “Quero fazer história na bocha.”
Os outros três atletas brasileiros compõem a delegação brasileira. No feminino BC2, Mariana Olímpia não consegue repetir a performance no Challenger de Zagreb, ficando na fase de grupos. Pela classe BC3, Antônio Leme conseguiu o objetivo de melhorar sua atuação, chegando nas quartas de final. Alcides Castro, o Barão, foi considerado inelegível para a classe BC4 na classificação funcional realizada durante a competição. A delegação brasileira já entrou com protesto contra essa decisão.
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