Como um futebol convencional, a meta, claro, é acertar o gol. Mas, nesse caso, são sete jogadores pertencentes às classes menos afetadas pela paralisia cerebral. No Brasil, o esporte vem crescendo bastante e, desde 2011, temos campeonatos para 1ª e 2ª divisão.
Regras
As regras são parecidas com as da FIFA para o futebol convencional, com algumas adaptações:
São 2 tempos de 30 minutos.
O campo é menor: 70m x 50m.
A baliza tem 5m x 2m.
A marca de pênalti fica situada a 9,20m.
Não tem impedimento.
Além da forma convencional, a cobrança do lateral também poderá ser feita com uma das mãos, desde que a bola toque imediatamente o solo após a sua execução.
A partir de janeiro de 2018, a classificação funcional passou a dividir os atletas do Futebol de PC em três novas classes funcionais: FT1, FT2 e FT3. Estas novas classes levam em consideração os graus de comprometimento dos atletas das antigas classes C5, C6 e C7, já que dentro de cada uma delas existe uma grande variação no impacto nas performances dos mesmos. Por exemplo, um atleta que hoje possui um hemiplegia e é da classe C7, se tiver muito pouco comprometimento, será classificado como FT3. Se for muito comprometido, será da classe FT1. A classe FT2 será um meio termo entre as duas outras. Os atletas que hoje são da classe C8 automaticamente serão alocados na classe FT3, ou podem até serem considerados inelegíveis.
Na regra atual é obrigatório que exista sempre pelo menos um atleta da classe FT1 em campo. Caso não seja possível, o time deve jogar com seis jogadores. Ah! Vale dizer que cada equipe só pode contar com no máximo um atleta da classe FT3 em campo, durante toda a partida.
Anualmente, realizamos:
2 campeonatos nacionais, com 240 participantes, sendo 168 atletas.
Já as competições internacionais são:
Campeonato Mundial.
Copa do Mundo Paralímpico.
A Classificação Funcional:
A classificação fornece uma estrutura para a competição e ocorre em nível de Clube, Estado, Nacional, Regional e Internacional, tendo dois papéis importantes:
a) definir quem é elegível para competir no esporte e consequentemente quem tem a oportunidade de atingir o objetivo de se tornar um para-atleta; e
b) agrupar atletas em classes que visam assegurar que o impacto da deficiência seja minimizado e a excelência esportiva determina qual atleta ou equipe é finalmente vitorioso.
O sistema de classificação da IFCPF, a entidade internacional que rege o Futebol de PC, foi projetado para minimizar o impacto das deficiências elegíveis sobre o resultado da competição, de modo que os atletas que tenham sucesso na competição o façam com base em sua habilidade esportiva. No Brasil, a ANDE é a responsável por esta modalidade.
Para competir no Futebol de PC, um atleta deve ser comprometido por pelo menos uma das seguintes deficiências elegíveis:
a) Hipertonia
b) Discinesia
a. Distonia b. Corea c. Atetose
c) Ataxia
As classes funcionais são:
FT1:
Comprometimento Severo
A) Espasticidade Bilateral. B) Discinesia/Ataxia. C) Espasticidade Unilateral.
FT2:
Comprometimento Moderado
A) Espasticidade Bilateral. B) Discinesia/Ataxia. C) Espasticidade Unilateral.
FT3:
Comprometimento Leve
A) Espasticidade Bilateral. B) Discinesia/Ataxia. C) Espasticidade Unilateral.
Após a medalha de bronze nos Jogos Rio2016, o planejamento da Seleção Brasileira de Futebol de PC foi obrigado a considerar uma grande reformulação do elenco de atletas que participou das competições internacionais, nesse último ciclo paralímpico, já que o grupo principal cumpriu dois destes ciclos e agora precisa ser rejuvenescido.
Os resultados já começaram a aparecer. Conquistamos bronze na Copa do Mundo 2019 e o ouro no Parapan de Lima2019, com a seleção principal. Fomos campeões mundias sub19, em 2018.
Também estará agregado a esse trabalho uma equipe multidisciplinar envolvendo avaliação física e científica, análise de desempenho/rendimento além da estrutura já existente de preparação física, psicologia e fisioterapia. Importante destacar também o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro como suporte a todo esse planejamento e, ainda, colocando a disposição a área de medicina e nutrição.
As Comissões Técnicas
Seleção Principal:
Técnico: Paulo Cabral Preparador Físico: Fernando Rosch de Faria Fisioterapeuta: Ygor Carrozzini Apoio Técnico: Marcos dos Santos Ferreira Médico: Breno Casari
Seleção sub 19:
Técnico: Rodrigo Terra Auxiliar Técnico: Marcos Vinicius Ramos Preparador Físico: Fernando Rocha de Faria Fisioterapeuta: Ygor Carrozzini Apoio Técnico: Marcos dos Santos Ferreira Médico: Breno Casari