A Bocha Brasileira termina o ano de 2019 com boas expectativas. Depois de conquistar vagas para todas as sete categorias que estarão em disputa nos Jogos Paralímpicos de 2020, o objetivo agora é superar os resultados que tivemos na modalidade durante as Paralimpíadas do Rio2016.
Enquanto isso, o Presidente da BISFed, David Hadfield, e a Delegada Técnica da BISFed para a competição de bocha de Tóquio 2020, Cannie Leung, completaram a quinta visita de inspeção no país sede. Durante a passagem pela cidade, se encontraram com diversas áreas do comitê de organização e estiveram na arena onde serão realizadas as partidas de bocha, a Ariake Gymnastics centre.
A BISFed revela estar impressionada com a arena que já está pronta e sendo usada para eventos teste da ginástica, assim como receberá as competições olímpicas da modalidade. Será possivelmente o maior público em uma competição paralímpica de bocha, podendo receber até 12 mil espectadores. O local da competição é totalmente acessível, o que será excelente para os atletas de bocha e sua torcida.
A Ariake Gymnastics centre também receberá o 2020 Japan Para Championships, entre 28 de fevereiro e 1º de março de 2020, que servirá de evento teste para a Bocha Paralímpica, e será o próximo campeonato para a nossa seleção brasileira, que tem dez atletas classificados para os Jogos Paralímpicos.
Apesar disso, apenas oito dos nossos brasileiros estarão presentes nessa competição teste em Tóquio, já que lá só acontecerão disputas para Equipes BC1/BC2, Pares BC3 e Individual BC4. Assim, serão quatro atletas BC1/BC2, três atletas BC3 e um atleta BC4 formando a delegação brasileira.
O Diretor Técnico da ANDE, Leonardo Baideck, explica que, apesar desse campeonato não contar pontos para o ranking mundial, é importante a participação dos nossos atletas para que as áreas técnicas possam entender como eles irão se comportar após uma viagem longa, que pode durar entre 25 e 26 horas, e quanto tempo levarão para se adaptar ao fuso com diferença de 12 horas. Além disso, como será a alimentação deles e a logística na cidade paralímpica, igualmente, poder conhecer os fluxos dentro da arena, como funcionamento da câmera de chamada e de salas de descanso.
Leonardo afirma que também servirá como preparo para os Paralimpíadas, já que o Brasil só participará de mais duas outras competições até agosto – o Open Mundial de Laval, em abril, e o Open Mundial de Póvoa, em julho – e os planos do Brasil são de levar duas medalhas para casa, não se preocupando com o tipo ou com a classe que a conquistará, e comentou:
“Estamos em um trabalho de reconstrução de algo que ocorreu até Londres e foi interrompido no ciclo passado, e que a gente retomou nesse ciclo precisando fazer algumas adaptações, e pretendemos em Paris conseguir um número maior de medalhas ou medalhas mais qualificadas.”
Para os atletas que estarão presentes será uma importante oportunidade para conhecer o local onde acontecerá a modalidade. Eliseu, atleta da classe BC4, que já esteve presente em três Paralimpíadas, Beijing 2008, Londres 2012 e Rio 2016, e diversas competições internacionais, afirmou que visitar a arena antes pode ajudar no psicológico dos atletas porque diminui a sensação de surpresa. Falou também que lá poderá estudar alguns dos atletas que enfrentará nos Jogos Paralímpicos, para conhecê-los melhor, e que espera estar preparado para representar o Brasil da melhor forma possível e conquistar duas medalhas de ouro. Ao perguntarmos sobre a ansiedade de participar novamente de uma Paralímpiada, respondeu:
“sempre tem aquele frio na barriga, uma competição é diferente da outra, é uma nova história um novo desafio. E quanto representar meu país, sinto uma responsabilidade enorme e um imenso orgulho.”
Os Jogos Paralímpicos acontecerão desde 29 de agosto até 5 de setembro de 2020.
Com informações retiradas do site da BISFed.