Acredite se quiser, a Ande foi pensada nas alturas: no avião que trazia a delegação brasileira dos Jogos Internacionais do México. Um grupo de amigos, atletas, dirigentes e técnicos, apoiou a ideia visionária do Professor Aldo Miccolis e, no dia 18 de agosto de 1975, criou a Associação Nacional de Desporto para Excepcionais (ANDE). Foi ela quem fomentou o embrião do futuro Comitê Paralímpico Brasileiro, criado somente em 1995. Com o desuso da palavra “excepcionais”, passamos a utilizar a terminologia deficiente.
O objetivo, na época, era agregar os desportos praticados por todas as áreas de deficiência. De lá para cá, muita coisa mudou e, agora, cada área ganhou especificações diferentes, assim como as modalidades. Coube a ANDE, fomentar e desenvolver o desporto para pessoas com paralisia cerebral (PC).
Como já contamos por aqui, o Professor Aldo Miccolis participou diretamente da criação da Ande, em 1975. Mas a sua relação com o movimento paralímpico começou em 1958, quando ele era técnico de basquetebol em cadeira de rodas e percorria o país divulgando o esporte e o direito a cidadania no Brasil. Ao longo de sua vida, ele se mostrou um grande incentivador da prática esportiva de pessoas com deficiência e foi presidente da nossa Associação por 25 anos. O professor Aldo Miccolis foi eleito em 2005 Presidente de Honra do Comitê Paralímpico Brasileiro, mas se sentia orgulhoso quando o chamavam de Embaixador do Desporto Paralímpico.
Aldo Miccolis
Um dos responsáveis por fundar a Ande, o professor Aldo foi presidente da Associação por 25 anos. Em 2005, foi eleito Presidente de Honra do CPB e sentia orgulho de ser chamado como Embaixador de Desporto Paralímpico.
Ivaldo Brandão Vieira
Com mais de três décadas marcadas pelo engajamento com a Ande, Brandão foi técnico e ocupou o cargo de Presidente por 12 anos. Hoje, é vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Sebastião Antonio da Costa Neto
Sebastião, carinhosamente chamado de Tião, teve paralisia cerebral no nascimento e é o primeiro goleiro da seleção de Futebol de 7. No atletismo, pertencia a classe C6 onde foi bronze no arremesso de peso em Seul-1988 e bronze no club em Barcelona-1992. Tião é advogado, casado, com filhos e netos. É o atual vice-presidente da ANDE.
Anderson Lopes
Figura certa no podium, Anderson é especialista em disco e foi um dos grandes nomes do atletismo nas provas de campo no Brasil.
Marcia Malsar
Primeira medalhista entre os atletas com Paralisia Cerebral, Marcia ganhou o ouro em Nova Iorque, em 1994, no Atletismo. Em Seul, nos 100 m, ela trouxe um prata para o País.
Clodoaldo Silva
Mito na água, conhecido como Tubarão das piscinas, Clodoaldo teve paralisia cerebral quando nasceu e aos 16 anos começou a nadar. Conquistou várias medalhas em sua carreira. Esteve em 5 paralimpíadas e no Rio 2016 acendeu a pira paralímpica.
Claudionor
Depois de dominar as pistas no atletismo, ele se encontrou no ciclismo e, por algum tempo, foi o único ciclista PC do Brasil em competições. O triciclo utilizado foi dado como presente por um Almirante do Clube Naval, que se encantou pelo carisma de Claudinor.
Claudio Nunes
Destaque para a resistência do atleta, que competia no Cross Country e nas provas de pista. Para se ter uma ideia: seu recorde em uma das provas levou anos para ser batido.
Dr. Sylvio Moreira
O valor de um médico é inegável: indispensável em todas as delegações, o Dr. Sylvio é inesquecível pelo profissionalismo, competência e amizade. Foram mais de 40 anos dedicados ao esporte para pessoas com deficiência. Em, 2018 foi homenageado com a Comenda do Mérito Esportivo - Aldo Miccolis.
Marcia Campeão
O sobrenome já diz tudo: Márcia foi técnica e coordenadora de bocha, além de contribuir muito para a modalidade incentivando e captando atletas.
Paulo Miranda
Técnico de atletismo de 1985 a 1989, Paulo foi Diretor Técnido da Ande de 2001 a 2010.
Dirceu Pinto
Depois de ser considerado inelegível em Mar del Plata, Dirceu reescreveu a historia. Em 2007, na Copa do Mundo de Vancouver, o atleta fez parte da delegação brasileira que ganhou a prata e garantiu vaga da Paralimpíada de Pequim 2008, onde ganhou 2 ouros. Em Londres 2012 repetiu os 2 ouros. No Rio 2016 ganhou uma prata. É o maior medalhista de ouro da bocha em Jogos Paralímpicos.
O nosso foco é na alta performance e cada medalha importa! Confira os principais resultados:
Bocha
2 ouros e 1 bronze em Pequim 2008
A estreia da bocha brasileira em Jogos Paralímpicos não poderia ter sido melhor. Com apenas 2 atletas, Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, fizemos história conquistando o ouro em pares BC4. No individual BC4, Dirceu e Eliseu foram obrigados a se enfrentar na semifinal, com Dirceu levando a melhor e faturando o ouro na final. Eliseu conquistou o bronze.
3 ouros e 1 bronze em Londres 2012
Em Londres, levamos 7 atletas e pudemos participar de 6 das 7 categorias em disputa. Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos chegaram como favoritos e não fizeram feio, repetindo o mesmo resultado de 2008. Maciel Santos conquistou o 3º ouro no individual BC2 e o Brasil deixou Londres como o melhor resultado de um país na bocha, na história das Paralímpíadas.
1 ouro e 1 prata no Rio 2016
No Rio, jogando em casa, conquistamos o ouro inédito em pares BC3, vencendo os, até então imbatíveis, coreanos. Em pares BC4, Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos tiveram a companhia de Marcelo dos Santos e ficaram com a prata.
Futebol de 7
Bronze em Sidney 2000.
Prata em Atenas 2004.
Bronze Rio 2016.
Petra
5 pratas no Campeonato Mundial da Dinamarca em julho 2017.
Aldo Miccolis
18/08/1975 a 15/05/2001
Ivaldo Vieria Brandão
16/05/2001 a 15/02/2013
Sebastião Antonio da Costa Neto
16/02/2013 a 15/05/2013
Frederico Losada Frazão Pereira Junior
16/05/2013 a 15/05/2017